domingo, 16 de fevereiro de 2014

Goya




Meias pretas 7/8, um vestido tubinho, simples, discreto, mas que nela, se tornava a porta para os maiores sonhos de luxúria, Goya era assim, com seus cabelos longos e vermelhos conseguia transformar qualquer deus pagão em um mero mortal implorando pela sua companhia.

Eram 15hs, ela dirigia um sedan preto, tinha um cliente para atender. "As pessoas pensam que meu trabalho é noturno, se enganam, acham que o pecado anda apenas pelas sombras da noite, quanta inocência, a qualquer hora do dia tem um homem me ligando contratando um serviço completo, incluso adultério, lúxuria e ganância"

Ela ligou o som, um jazz, e dirigiu sorrindo para seu destino, cada cliente era um novo desafio, e ela adorava isso, agradecia por não ser divina, se tivesse que queimar, seria no inferno, e definitivamente, não ia ser hoje...

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