sábado, 15 de fevereiro de 2014

Luciana



Ela estava tomando banho, tinha um encontro, mas para falar a verdade nem sabia ao certo porque aceitara - era algo sobre os olhos dele, como a desafiavam, uma inteligência, não, era uma sabedoria que a intrigava.

O local do encontro era em uma cafeteria da cidade, quando ela chegou, ele levantou-se, sorriu e lhe ofereceu a mão.
- Aceita um café? - perguntou ele, que estava vestido com calça jeans, camiseta, e um blazer por cima.
Logo ela percebeu o tipo dele, galanteador, confiava no seu sex appeal e acreditava no seu poder sobre as mulheres, porém, naquela noite, ele parecia especialmente nervoso.
"Será que sou só mais jogo para ele? Foda-se, se for, vamos jogar então"
Durante esses segundo em que ela o encarou o sorriso dele pareceu um pouco inseguro, então ela finalmente sorriu e aceitou o café e a cadeira que ele havia puxado para ela.

Conversaram por um tempo incalculável, era impossível se entediar com ele, música, filosofia, e até para o incrédulos que acham que política não se discute, este foi um dos assuntos da tarde, em algum momento ela começou a chamá-lo de "Poeta".

Então ela sentiu que estava perdendo o controle, sentiu de súbito uma vontade de fumar, levantou-se e sugeriu irem até um bar para continuarem a conversa e beberem algo mais forte do que o café.
-Vamos Poeta, a noite pode ser uma criança, vamos causar um estrago nessa cidade infernal!
- Claro Luciana, como você quiser, conheço um lugar ótimo, que sempre frequento, sou amigo dos garçons e copos estão sempre cheios, o que acha?

Ela aceitou.

Com o sangue já quente por causa do whisk ela se sentia mais livre e dona de si, ele também bebia, mas memso assim não se deixava perder o contorle.
- Vamos Poeta, deixe de ser careta - disse ela tirando o blazer dele.
Ele apenas sorriu, meio cínico, meio divertido e segurou a nuca dela, com certa pressão, um sinal claro de que ele desejava manter o controle sobre ela.
- Vamos embora daqui Luciana!
- Ao meu apartamento então.
- Sem dúvidas!

Quando chegaram, ele a jogou na parede, a beijou e repentinamente a largou, ela o encarou em dúvidas, ele apenas disse:
- Essa noite não querida, quem sabe um dia desses...

Ela riu e o xingou de alguma coisa irrelevante, se despediram, ela fechou a porta, colocou um vinil para tocar e  preparou mais uma dose de wiskh, ser dispensada era novidade, teve uma noite com sonhos estranhos, algo sobre uma festa em Sodoma...

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