sexta-feira, 26 de abril de 2013

Goya [1]



Ela abriu a porta do restaurante, entrou, e esperou alguns minutos para que sua vista se acostumasse a luminosidade do ambiente.

"Não entendo porque sempre fazem isso, diminuem as luzes, parece que não querem que vejamos nossa comida."

Goya era uma mulher notável, até seu andar se distinguia das demais mulheres, os cabelos acobreados lhe caiam sobre os ombros, proporcionando a ela uma sensualidade que muitas mulheres não conseguiam...

Ela se dirigiu ao bar e pediu um drink... A calma fria e calculada em seus olhos era capaz de fazer qualquer um sentir o impulso de conhecer sua alma e ao mesmo tempo amedrontar, aquela mulher tinha consciencia do que sua presença causa aos homens, e sabia usar isso a seu favor, por um momento quase me levantei para oferecer-lhe uma bebida, porém, no momento em que criei coragem, outro homem chegou ao seu lado, ela sorriu, um sorriso que não lhe alcançava os olhos, porem, capaz de fazer qualquer um perder os sentidos. Ao invés de irem jantar após suas bebidas, se dirigiram para fora...

Dizem que as ruivas não têm alma, e aquela mulher conseguira me provar que isso era verdade sem me dirigir uma palavra se quer, sem ao menos um olhar...

Nenhum comentário:

Postar um comentário