domingo, 4 de setembro de 2011

Hello September

No sonho um desconhecido recitava poesia.
Ele surgiu em meio ao caos de prédios em chamas, onde gritos e lágrimas adornavam o sofrimento plástico de cada um que sofria pela perda de qualquer coisa não tida.
Acordo e perco suas palavras... Insisto. Ainda na cama tento lembrar de ao menos um verbo, mas não consigo.
Penso que o apanhador de sonhos que decora meu quarto tem algum problema em seu filtro, será que ele não percebe que certas lembranças vindas do sono eu quero deixar guardadas em minha falsa realidade?
Bom dia setembro... Eu estava mesmo esperando por você.
Agosto passou por minha porta, bateu, entrou e em um longo espaço de 5 semanas ele me deu uns poucos sorrisos, cansaços e alguns desgostos, como é de sei feitio.

Você bem sabe, agosto tem a péssima mania de desgastar sentimentos, de trazer chuvas em dia de sol, de quebrar amizades e deixar os cachorros loucos latindo a noite inteira sem me deixar dormir.
Setembro, de você aguardo a primavera que venho tentando criar. Não precisa que ela tenha rosas, margaridas e girassóis, mas se possível, por favor, algumas tulipas. Nada de dálias, muito menos violetas, mas pode mandar jasmins e cerejas que me façam inveja.
Quero manter minhas amizades, quero manter o resto de felicidade que guardo naquela foto em minha parede e ninguém sabe.
Quero praias...
Urgentemente preciso me deitar na areia e sentir o sol queimar cada célula desse meu corpo pálido.
Gosto quando o sol deixa meu corpo com aroma de canela e gosto de mar.
Bem, querido setembro, seja doce, se possível, ando cansada de rudezas.
Sem mais para o momento.
(texto por Juliana Lima do blog Desvairos De Colombina)

Atravessamos agostos que parecem eternos e,
nos setembros, suspiramos quase leves outra vez:
Meu Deus, passou. Que setembro venha com bons ventos,
que me traga sorte e amor,
que não me deixe sofrer, por favor.

Caio F. Abreu.

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