terça-feira, 6 de julho de 2010

Epifania

E ela entregou-se a chuva gelada, sem destino, sem direção... olhava para o chão como quem olha a morte, apesar da cabeça baixa a agua já começava a embaçar a sua visão, os prédios, casas e carros pareciam apenas borrões a sua volta, não sentia nada, melhor dizendo, ela não queria sentir nada... Ela sempre se sentira meio errada, fora de cena, tudo o que queria era esquecer de si mesma, deixar de ser quem se era, porem, o tempo não deixava, fazia com que o passado voltasse sempre a sua mente, lembrando de sua história e do que era hoje... Seus olhos continuavam fixos nas pedras frias que cobriam a caldaça, foi lembrando do seu passado em preto e branco, e vendo o presente assim meio desbotado, que enxergou o par de tenis vermelho, que cruzava seu destino, levantou o olhar, e pode ter o vislumbre de dois pontos brilhantes, olhos verdes que a encararam!

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